O general António de Spínola acaba de publicar um novo livro, “Portugal, vai-te foder!”. Notabilizado pelo célebre best-seller “Portugal e o futuro”, onde defendia uma solução política para as colónias portuguesas de então, pondo fim à guerra do ultramar, neste novo ensaio refere que “Portugal é um país de toscos, gerido por toscos chicos-espertos, onde aos três D (Democratizar, Descolonizar, Desenvolver) se sucederam os novos D (Democracia, Desigualdade, Desemprego), os três I (Incompetência, Inépcia, Injustiça) e os três C (Corrupção, Corrupção, Corrupção).". Acrescenta ainda que “A nação é tão miserável que as pessoas vendem-se por muito pouco…Até a rebeldia é tosca…”.
A conferência de imprensa de apresentação da obra lotou por completo, tendo acorrido em massa centenas de mutilados de guerra membros da Associação dos Deficientes das Forças Armadas, ex-companheiros de batalha do general que atravessava rios a pé ao lado dos seus soldados empunhando o seu pingalim e sem nunca descalçar as luvas brancas de pelica.
A sua declaração final foi recebida em apoteose: “ Vou voltar para África, para fazer uns safaris. Não há nada como a excitação da caça…o premir do gatilho…o cheiro do sangue…Em princípio, o Miguel Sousa Tavares irá ter comigo, como parte da pesquisa para o seu novo livro. Talvez venha também um seu companheiro de caça, um tal de José Sócrates…Vou reviver todas as glórias e o heroísmo da matança, desta vez com animais…”.
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